Chapter Nineteen

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Duas perspectivas Acerca do Mesmo Assunto

Tornava-se cada vez mais insuportável pensar na distância que nos separava, naquele instante. Tal como eu escrevera... Tão perto e tão longe ao mesmo tempo. E porque é que era tão difícil para mim aqueles quilómetros que distanciavam as nossas mentes? Porque é que os nossos corações terem-se afastado de repende era tão cruel para mim? Nem eu mesma sabia. Mas era esse o meu sentimento.
Edward olhava-me à distância, em plena aula de Inglês, sempre sem nunca se dirigir a mim para nada. Não tinha dito nada. Não tinha sequer feito menção de se aproximar. Chegara a mudar de lugar e tudo. E nem enquanto o fazia, me dissera um simples "olá".
Ok. Eu podia viver com isso. Só não percebia o porquê de tudo aquilo. Porque razão ele se afastara de mim assim. Nem sequer... Me dera uma oportunidade para me explicar. Então... Eu não merecia sequer uma explicação. Um motivo para aquilo tudo estar a acontecer. Aliás, no fim de contas eu começava a achar que eu não era nada. Não era ninguém. Não era nada. Isso sim, era o que eu significava para Edward. Rigorosamente nada.
Já perdera as esperanças que ele, alguma vez, se decidisse a voltar a falar-me. Só... Gostava de poder entender o que tinha feito de mal para merecer que as coisas tivessem de ser assim. Pelos vistos, algo muito grave. Só que, por mais que desse a volta à minha cabeça, não conseguia perceber.
Porquê, Edward?


*****
As coisas estavam cada vez mais difíceis. Se o meu dia não acabasse rapidamente, temia que me cansasse de estar longe dela. Se passasse nem que fossem mais dez minutos na mesma divisão, cedo me sentiria a implorar a mim mesmo por me aproximar.
Mas tudo estava errado. A minha cabeça estava errada. Eu não podia fazê-lo. Não tinha o direito de a magoar ainda mais. De voltar a ferir aquele coração enorme e sem fundo, o mesmo coração que me fizera ficar aos pés dela.
Bella... Se ela soubesse como eu desejava que tudo fosse diferente... Se ela sequer imaginasse o quanto desejava estar perto dela, o quanto queria permanecer mais um pouco preso na rede que ela me lançara para me enfeitiçar... Se ela sequer sonhasse o quanto me sentia desatinado por ela me implorar com os olhos para voltarmos a estar como há dias haviamos estado, e eu sabendo que não podia fazê-lo...
Só não queria que ela sofresse. A minha Bella... Como era possível... Como era possível ela ser tão diferente da...? E como é que era possível eu estar a amá-la tanto, depois do que tinha acontecido comigo, no passado? Elas eram completamente opostas e eu...
Estava a ser tudo tão bom. A forma como nos conhecemos, como nos olhávamos a toda a hora, como nos tínhamos aproximado um do outro, como quando nos tocávamos, o toque era tão intenso que chegava a dar-me choque. E como eu sentia que o choque que me percorria a espinha chegava à dela também e lhe causava arrepios como me causava a mim.
Tudo nela era tão intenso que queimava. A vontade de estar perto da Bella era insuportável. O frio que eu sentia quando estava tão longe daquela rapariga, chegava a gelar-me a raíz dos cabelos. Se estivesse um segundo mais sem a ter por perto, eu enlouqueceria de vez.

– Bella?

Vi-a levantar a cabeça, com um ar tão esperançado que me derretia o coração. Vê-la triste como tinha estado há minutos, sentir a tristeza dela, era-me insuportável...

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