Chapter Thirty-Two

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Reflexões

Entrei em casa, silenciosamente. A TV estava acesa e ouvia-se o som do ressonar do meu pai a abafá-la por completo. A minha mãe devia estar na cozinha porque eu conseguia ouvir o barulho da água que ela deveria estar a usar para passar a loiça, a correr. Não fui ter, nem com um, nem com o outro. Não me apetecia falar com ninguém. Sabia que a minha mãe estava do meu lado, que o meu pai não podia nem ouvir falar do Edward e que ambos só queriam o melhor para mim. Mas, sinceramente, não me interessava a opinião de nenhum deles. Embora eu os adorasse mais do que tudo.
Subi para o meu quarto. Não queria ver ninguém. Só queria pensar nas coisas que tinham acontecido entre Edward e eu. Em como tudo tinha sido mais do que maravilhoso. Em como nos amávamos. Em como ele me fazia feliz. Depois de pousar as coisas e de tomar um banho demorado de água quente, voltei à manta roxa que era o meu quarto e deitei-me na cama, com o meu diário na mão. Há dias que não lhe dirigia a palavra.

"As coisas mudaram muito, durante este tempo. Foi tudo tão repentino, os acontecimentos bombardearam-me de tal forma e com tal intensidade, que nem sei sequer por onde começar a retratá-los. Também não sei como os referir. Tenho medo de não saber fazê-lo, uma vez que eles são tão importantes e tão cheios de emoção, que chegam a faltar-me as palavras para os descrever correctamente.
Hoje, posso dizer que sou, de novo, uma pessoa feliz. Edward encarregou-se de arrebatar o meu coração e, apesar de ter decidido não mo devolver por tempo ilimitado, tenho apenas a dizer que me sinto bastante contente por isso. O meu maior sonho desde que vim para este lugar foi totalmente realizado e nem sequer penso em querer devolvê-lo. Não devolvo os meus desejos, por mais que as estrelas cadentes às quais os pedi, voltem para trás para me tentar. Esses desejos são e serão sempre os meus e eu sou e serei sempre responsável por eles.
Hoje, nem tenho palavras para expressar a minha felicidade."

Acabei por pousar a caneta. Na verdade, não tinha mesmo palavras para descrever o que estava a sentir e mais letras estampadas naquelas linhas só iriam soar repetição. O que mais poderia eu dizer sem ser que amo Edward mais do que tudo no mundo? Que o meu maior sonho é poder ficar com ele para o resto da minha vida? Que estou disposta a tudo para que ele me queira para partilhar com ele, todos os dias, a partir deste? Não haviam mais palavras, de facto. Nem eu iria dizê-las. Cabia a cada pessoa que me conhecia a mim, que o conhecia a ele, deduzir a nossa ligação pelos sinais que nós lhes transmitíamos. Os meus pais podiam não entender podiam querer mudar aquilo que sinto e o que sou perto de Edward. Mas eu nunca o permitiria. Nem a eles e nem a mais ninguém. Porque eu pertencia a ele. A minha alma era dele, o meu coração era dele. E, nunca, mais nenhum homem à minha volta, o faria bater tão acelerado e de tanta paixão como ele o fazia.
Levei o bico da caneta à última linha daquela página. Apenas duas palavras me saíram e apenas essas duas escrevi.

"Amo-te, Edward."

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