Chapter Twenty-Four

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Uma Jóia Especial

– Alice, vá lá, ainda vamos demorar muito?

Já passara mais meia hora desde que tinhamos entrado naquela loja da qual Alice me havia falado ao jantar. A dor nos meus pés estava muito pior e já quase tinha de usar duas palas nos olhos para os manter abertos. Mesmo assim, tentava a todo o custo continuar a acompanhá-la. Apesar das minhas forças estarem a ficar por um fio.

– Só mais um pouco, estou à procura da prenda perfeita.

Hum? Prenda? Mas havia alguém a fazer anos, presentemente?

– Uma coisa para alguém conhecido?

– Para alguém que tu conheces melhor do que ninguém...

O quê? Bem, se eu conhecia melhor do que ninguém e, partindo do princípio que era da família dela, só me vinha uma hipótese à cabeça... Mas se fosse o aniversário de Edward, ele ter-me-ia dito. Pelo menos, tinha obrigação de o fazer.

– O Edward faz anos? - perguntei, meio confusa. Alice sorriu e abanou a cabeça.

– Frio.

Olhei para o chão pensativa e segui-a, mais uns passos, mergulhada nas opções que tinha, até chegarmos ao pé da montra seguinte.

– Aa... Rosalie?

– Gelado! Nem perto disso.

Acenei. Por instantes, segui Alice com os olhos, e pareceu-me que ela estava bem divertida com aquele jogo de eu estar a tentar adivinhar para quem era o tal "presente perfeito". Convém dizer que eu é que não achava piada nenhuma, talvez por não estar a ter sucesso a descobrir a resposta. Suspirei.

– Jasper?

– O Jasper fez anos há cerca de um mês.

– Aa... Emmett?

– O Emmett odeia as minhas prendas.

– Esme?

– Não.

– Carlisle?? - questionei, já desesperada. Oh meu Deus, será que era à última que eu conseguia acertar??

Alice riu-se, descaradamente, na minha cara.

– Bella... Quem é que te garante que o presente é para alguém da minha família?

– Porque... - Porque era o mais lógico... Não sei... Mas então, só se... Não. Alice não era narcisista a esse ponto. Ou era? - Alice... Não estás à procura de uma prenda para ti própria, pois não?

Ela sorriu.

– Eu poderia estar, sim, mas neste momento não. Talvez da próxima vez. Acho que os sacos que levo já são suficientes, não quero que o meu pai me arranque a cabeça por ter esgotado o plafond do cartão de crédito pela terceira vez este mês.

Aa... Uau. Esta eu não esperava. Bem, no fim de contas, o meu pai não tinha nada do que se queixar comigo e com a minha mãe (especialmente com a minha mãe). Esgotar oplafond pela terceira vez em trinta e um dias??

– Até que enfim! - virei-me para Alice e vi que segurava num fio de ouro com um enorme coração - Acho que encontrei precisamente o que procurava... - pegou no coração e abriu-o. Deu um sorriso enorme, de repente - Perfeito!

Acenei, de novo, antes de a seguir até ao balcão para pagar o presente. Imaginei o enfarte de Carlisle quando visse a conta que Alice havia feito num só dia, exactamente ao olhar para o valor da jóia. 9.276,900 dólares... Se algum dia eu gastasse uma quantia assim numa coisa daquelas, no mínimo Charlie Swan faria questão de me chacinar.
Alice mantinha o mesmo sorriso, à saída da loja. Dali, fomos finalmente directas para o carro, o porshe amarelo dela, estacionado no parque coberto do centro comercial. Ajudei-a a guardar os sacos no porta-bagagens e sentámo-nos de novo dentro do carro, prontas para ir embora.

– Bem... Vamos? Estou exausta... - olhei para ela e vi que ainda tinha um saco na mão. Observei-o com atenção. Era o mesmo saco que havíamos trazido da última loja - Não vais guardar isso lá atrás?

– Tem calma... Primeiro tenho de completar a prenda.

Acenei só, virando os olhos para a janela enquanto, ao meu lado, sentia Alice tirar a mala da parte de trás do carro. Olhei para ela. Pegou na carteira e, de um dos compartimentos, tirou uma foto que acabou por colocar dentro do tal pendente em forma de coração. Não consegui perceber quem estava na foto, pois estava muito escuro.

– Está completa, agora?

– Claro - e estendeu-ma.

– O que foi?

– É para ti.

O QUÊ??????!!!!!

– Alice... Eu não... Isto custou-te uma fortuna...

– Se me dizes que não nunca mais te dirijo a palavra! - olhei para as mãos - Vá lá, Bella. Eu tinha de te compensar por aquilo que aconteceu. E também por me teres aturado hoje, a tarde inteira, quando podias ter estado com o meu irmão. Vá lá, aceita. Por favor?

Olhei para ela, de novo. Não havia como resistir àqueles olhinhos que Alice fazia quando implorava por alguma coisa. Acenei, apenas.

– Obrigada...

– De nada. Promete-me que o vais usar.

Suspirei, novamente.

– Ok.

Peguei no fio e no pendente, com todo o cuidado. De repente, veio-me à cabeça uma pequena curiosidade. Se o presente era para mim, então de quem era a foto que Alice havia posto lá dentro? Olhei para ela. Alice limitou-se a sorrir.

– Não abres?

Virei os olhos para a jóia, outra vez e fiz um movimento para a abrir. O meu coração quase saltou ao ver a imagem da pessoa que lá estava dentro. Edward...

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