Chapter Two

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Nova Vizinhança

O dia seguinte amanheceu mais cedo do que devia ter amanhecido. Eu ainda continuava exausta da viagem, tudo o que não me apetecia era enfrentar uma segunda-feira de aulas. Principalmente por ser o meu primeiro dia numa escola nova, na qual não conhecia vivalma. Este dia ia ser a treva!
Não percebi bem como consegui ter forças para me levantar e muito menos para descer aquelas escadas diagonais horrorosas para a cozinha, só sabia que precisava de ir de encontro àquele cheiro maravilhoso aos ovos mexidos da minha mãe.
Naquela manhã eles estavam particularmente divinais. Ou isso seria da minha fome? Talvez. Ou talvez da minha ânsia profunda pela maior parte de coisas caseiras possíveis. Seria um sinal para eu ficar em casa?

– Anda, Bells, eu deixo-te na escola.

Oh, boa! Eu sabia que não me devia ter levantado.

– Tem mesmo de ser?

Pela cara do meu pai, resolvi que iria deixá-lo pensar que aquela pergunta tinha sido a brincar. Levantei-me à pressa e saí de mochila às costas, pronta para o meu primeiro dia de aulas. Sentia-me como se tivesse voltado a ter 5 anos. Nem a boleia do meu pai iria faltar. Infelizmente.
Durante a noite, um dos colegas tinha passado lá por casa para lhe deixar o novo meio de transporte estacionado à porta. Como se pode esperar, chegar a uma escola nova a bordo de um carro patrulha não era exactamente o meu ideal de entrada discreta. E, para dizer a verdade, tudo o que eu não tinha era vontade que alguém sequer se apercebesse da minha presença por ali.

– Espera um pouco, Bells, esqueci-me das chaves.

Cabeça de vento...

– Ei, Emmett, despacha-te ou vais a pé!

Ok. Ao que parecia, a família Swan não era a única que provocava uma tremenda algazarra todas as manhãs, antes de cada um seguir a sua rotina diária. O recheio da nossa vizinhança parecia ser exactamente o mesmo.
Ergui os olhos para a casa em frente, de imediato. Estacionado à porta estava um Volvo cinzento, onde se viam instaladas cerca de quatro pessoa. Quem quer que fosse que estava sentado no lugar do condutor, buzinou umas duas vezes até um casal sair de dentro da mansão.

– A culpa foi da Rose. Quando fui chamá-la, disse-me que ainda lhe faltava o cabelo - disse o rapaz enquanto ambos entravam pelo carro adentro. Será que eles tinham noção que aquele carro só levava cinco pessoas? Pior, teriam noção de que o novo vizinho deles era o novo chefe da polícia local?

– Está calado, Emmett! E tu arranca com o carro, já estamos atrasados.

Não foi preciso a rapariga dizer mais nada. O carro arrancou de imediato, mas ainda consegui ver de relance que o condutor era um rapaz, embora não lhe tenha reparado muito bem na cara.

– Vamos, Bells?

– Sim...

Voltei a entrar dentro do carro. Nova escola, aqui vou eu! Mal posso esperar... Para voltar para casa de novo.

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