Chapter Eighteen

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Se Arrependimento Matasse... (por Mary Alice Brandon Cullen)

Se arrependimento matasse, eu já devia estar mais do que completamente esticada ao comprido no meio do chão ou de outro local qualquer.
Ok. Em poucas palavras posso mesmo afirmar que estraguei tudo. Sinto-me mesmo muito mal. Já tentei falar com o Edward mas não valeu de nada. Desta vez, ele ficou mesmo zangado. Parece que fui mesmo longe demais. Mas, bolas, eu só queria ajudar! Porque raio é que cada vez que eu tento ajudar, os planos me saem sempre mais do que furados? Que raiva!
Tudo bem, eu sabia que a Rose iria ficar zangada. Mas, vá lá, fazer um espectáculo destes por causa de um vestido... Nem eu, com um histórico como tenho, me comportaria assim!
Às vezes penso que sou a única pessoa afável e simpática nesta família. Aliás, sou eu que dou um bocadinho de cor às vidas deles, que são mais mortas que meia dúzia de zombiesno Halloween. Nem sei como vim parar aqui! Mas sei que eles precisam muito de mim. Sou eu que lhes resolvo os problemas todos. Quando há alguma coisa, lá vem a Alice para resolver. Mas depois não, ainda se queixam! Eles não sabem é o que querem.
É o caso do Edward. Por exemplo, eu vi como ele ficou quando pôs os olhos na Bella. Aliás, fui a primeira de todos nós a reparar no assunto. Como tal, encarreguei-me logo de contribuir para o arranjinho. Oh, vá lá, quem os vê juntinhos como eu vi naquela tarde lá na escola, pensa o mesmo que eu pensei, ou não? O Edward nunca foi bem de se "atirar" a rapariga nenhuma. Aliás, nunca o vi olhar para nenhuma como o vi olhar para a Bella. Os olhos dele até brilham quando o fazem. Então, pronto, não percebo qual é o problema dele! Acho que não fiz uma asneira assim tão grande, ou será que fiz e não me apercebi da gravidade da situação? Ai, mas que treta de vida!

– Vá lá, conta-me o que se passa.

Devia ser, pelo menos, a quarta vez que o Jazz me perguntava a mesma coisa.

– É o Edward.

Ele acenou.

– Ainda aquela história da confusão da Bella. Estou a ver.

Era por isto que eu gostava do Jasper. Ele era sempre muito perspicaz em relação aos meus pensamentos, às minhas emoções. Era quase como se tivéssemos uma espécie de telepatia. Isso ajudava imenso. Às vezes, eu não gostava muito de falar alto acerca dos meus problemas, das coisas que me perturbavam. No geral, eu odiava revelar a quem quer que fosse que havia coisas a perturbarem-me, frequentemente. Jasper era bom em entender-me. Essa era a melhor qualidade dele.

– Não consigo percebê-lo, sabes? Está furioso, tanto comigo, como com a Rose. A Bella saíu hoje do Hospital e ele nem sequer a foi ver, ela deve estar de rastos. Eu não consigo perceber o que vai na cabeça do Edward, Jazz - levei as mãos à cabeça. Senti, de imediato, as dele a pegarem nelas.

– Tem calma.

– Eu... Sinto que alguma coisa se passa e eu não consigo perceber o que é...

– E estás preocupada por não poderes ajudar. Não é isso?

Olhei para ele. Era realmente incrível o que Jasper conseguia arrancar de mim só com um olhar. Um toque.

– É. É isso mesmo.

Abraçou-me contra o seu peito. Naquele mesmo instante, consegui sentir o peso do mundo inteiro a descer-me dos ombros e a estatelar-se direitinho no chão.

– O Edward sabe resolver os problemas dele. Se ainda não foi ver a Bella, é porque não se sente ainda preparado para isso, Alice.

– Mas e entre nós, Jazz? Continua tudo na mesma, ele ainda está chateado.

– Vai acabar por lhe passar. Tens de esperar, não podes fazer mais nada senão isso.

Na verdade, eu queria mesmo acreditar nas palavras dele. Juro que queria. Mas... Isso não significava que conseguisse fazê-lo.

– Eu sei... - menti. Não havia nada mais a fazer. Nesse aspecto, Jasper tinha toda a razão. A espera era a minha única solução. Juro que, se arrependimento matasse... Eu já estaria morta há imenso tempo.

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